sexta-feira, agosto 29, 2008

Mestre Isplinter Jurihistoriciza

Mestre Isplinter acha que nunca é demais relembrar os clássicos do direito e do pornô português, nomeadamente o já famoso e por demais conhecido Processo contra o Padre Francisco Costa, Prior de Trancoso, de 1487.

Aqui vão então transcrições dos autos, que para os mais ratos de biblioteca estão na Torre do Tombo, armário 5º, maço 7. Mestre Isplinter começa pela parte dispositiva da sentença:

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos."

E provando que o Vasco Pulido Valente é que tem razão e que tudo o que acontece em Portugal é mau e é uma cópia fiel de algo que já aconteceu no passado (embora aqui o passado não seja o início do Século XX), aqui vai o que aconteceu depois:

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo ".

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